Janja conta com uma equipe ‘informal’ de 12 pessoas e já gastou mais de R$ 1,2 milhão em viagens

Equipe informal, gastos milionários e influência sobre nomeações expõem os bastidores da gestão presidencial.

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Janja conta com uma equipe ‘informal’ de 12 pessoas e já gastou mais de R$ 1,2 milhão em viagens
Antônio Cruz/Agência Brasil

Rosângela da Silva, conhecida como Janja, exerce uma função notória no governo sem ocupar cargo oficial. Com uma equipe informal de pelo menos 12 pessoas, composta por assessores, fotógrafos e especialistas em redes sociais, os custos chegam a R$ 160 mil mensais em salários e ultrapassam R$ 1,2 milhão em viagens desde 2023. Apesar da ausência de um título oficial, a Secretaria de Comunicação apenas confirma os cargos formais, sem esclarecer plenamente a extensão do aparato.

Além disso, a marcenaria contratada para reformar o terceiro andar do Palácio do Planalto, onde Janja mantém um escritório de 25 metros quadrados, evidencia a prioridade dada à sua equipe, em detrimento de outros setores palacianos. Com figuras-chave como Neudi Oliveira e Brunna Rosa, que ocupam postos estratégicos no governo, a influência da primeira-dama se estende até mesmo a nomeações de aliados em áreas sensíveis, como os Ministérios das Mulheres e da Igualdade Racial.

O acompanhamento constante de Janja por fotógrafos e um aparato de segurança reforça sua presença em eventos e viagens, enquanto os gastos públicos seguem acumulando. Apesar de não possuir um mandato formal, sua posição privilegiada revela um protagonismo que contrasta com as demandas por transparência e contenção de despesas.