Rosângela da Silva, conhecida como Janja, exerce uma função notória no governo sem ocupar cargo oficial. Com uma equipe informal de pelo menos 12 pessoas, composta por assessores, fotógrafos e especialistas em redes sociais, os custos chegam a R$ 160 mil mensais em salários e ultrapassam R$ 1,2 milhão em viagens desde 2023. Apesar da ausência de um título oficial, a Secretaria de Comunicação apenas confirma os cargos formais, sem esclarecer plenamente a extensão do aparato.
Além disso, a marcenaria contratada para reformar o terceiro andar do Palácio do Planalto, onde Janja mantém um escritório de 25 metros quadrados, evidencia a prioridade dada à sua equipe, em detrimento de outros setores palacianos. Com figuras-chave como Neudi Oliveira e Brunna Rosa, que ocupam postos estratégicos no governo, a influência da primeira-dama se estende até mesmo a nomeações de aliados em áreas sensíveis, como os Ministérios das Mulheres e da Igualdade Racial.
O acompanhamento constante de Janja por fotógrafos e um aparato de segurança reforça sua presença em eventos e viagens, enquanto os gastos públicos seguem acumulando. Apesar de não possuir um mandato formal, sua posição privilegiada revela um protagonismo que contrasta com as demandas por transparência e contenção de despesas.