Janja da Silva aproveitou a abertura da Semana Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual para rebater críticas à sua fala improvisada ao presidente da China, Xi Jinping. Em tom de ironia, declarou: “O protocolo aqui me deixa falar”, desviando o foco do evento para defender sua intervenção diplomática não autorizada, ocorrida durante visita oficial com Lula. O episódio expôs mais uma vez sua insistência em ocupar espaços que não lhe cabem.
Embora Lula tenha assumido a autoria da pergunta sobre o TikTok, Janja se colocou como protagonista, afirmando que “não calará” sua voz, ainda que extrapole funções formais. Ao citar “qualquer pessoa que seja, do mais alto nível ao cidadão comum”, a primeira-dama ignora as regras que regem encontros diplomáticos e assume, publicamente, o papel de porta-voz sem legitimidade institucional.
Janja ainda cobrou das plataformas digitais maior responsabilidade, mas silenciou sobre o incentivo à erotização infantil promovido por movimentos apoiados pelo próprio governo. Ao usar causas sensíveis como escudo para sua atuação política, a primeira-dama reafirma sua vocação para o ativismo desmedido, sempre à margem da liturgia do cargo.