A crescente influência de Rosângela da Silva, Janja, sobre Lula tem gerado desconforto nos bastidores do governo e agora se torna alvo de críticas dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ministros da Corte, a primeira-dama estaria filtrando o acesso do presidente a conselheiros políticos, deixando-o refém de uma bolha ideológica e dificultando análises realistas sobre a situação do país. Essa interferência excessiva reforça o isolamento de Lula e o impede de tomar decisões embasadas em um cenário mais amplo.
A insatisfação não se limita ao STF. A ala política do governo vê com preocupação a postura inflexível de Janja, especialmente em temas estratégicos como economia e segurança. Diferente do pragmatismo que Lula adotava no passado, a influência da esposa tem imposto uma agenda rígida, afastando aliados e limitando articulações. O descontentamento se reflete nas pesquisas, que apontam o pior índice de popularidade do presidente desde o início do mandato.
Enquanto os alertas se multiplicam, Lula insiste em defender a atuação da primeira-dama. Em evento recente, rebateu as críticas, afirmando que Janja virou alvo de ataques ao governo. No entanto, o desgaste político já é evidente, e mesmo dentro do STF há quem veja a necessidade urgente de mudanças. O isolamento imposto por Janja pode custar caro ao governo, dificultando a recuperação da base de apoio e comprometendo a governabilidade em um momento de crise.