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Jantar de Moraes escancara aliança política para consolidar poder

Evento reuniu ministros do governo, Congresso e STF em gesto estratégico de blindagem

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Jantar de Moraes escancara aliança política para consolidar poder
Reprodução Veja

Em mais uma demonstração de que a toga se tornou sinônimo de articulação política, Alexandre de Moraes reuniu ministros da Suprema Corte, membros do governo e líderes do Congresso em um jantar estratégico. Oficialmente, o evento homenageava Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas a proximidade do julgamento que pode tornar Bolsonaro réu revela a verdadeira intenção: fortalecer alianças e garantir respaldo ao ministro, que já acumula um histórico de decisões seletivas.

O encontro reuniu sete ministros do STF, incluindo Barroso e Gilmar Mendes, além de Geraldo Alckmin e os presidentes da Câmara e do Senado. Nos bastidores, Moraes e seus aliados ironizavam a decisão de Eduardo Bolsonaro de buscar apoio internacional contra os abusos do Judiciário. Enquanto isso, a reunião simbolizava o alinhamento entre os Três Poderes para blindar aqueles que se tornaram intocáveis, deixando claro que imparcialidade não faz parte do jogo.

Com um Judiciário cada vez mais envolvido em articulações políticas, o jantar serviu como uma reafirmação de poder. A presença massiva de figuras do alto escalão deixou evidente que Moraes não apenas se protege, mas articula para manter sua influência sobre o país. A proximidade da votação contra Bolsonaro reforça o simbolismo do encontro, expondo que a batalha não é jurídica, mas política — e o tribunal, longe de ser imparcial, se tornou parte do embate.