A Operação Lava Jato, que revelou um dos maiores esquemas de corrupção da história recente, enfrenta o risco de ter seu legado desfeito. Segundo reportagem do The New York Times, o Supremo Tribunal Federal (STF) estaria anulando condenações e rejeitando provas essenciais, decisões que, além de beneficiarem grandes empresários e políticos, enfraquecem a credibilidade do Brasil no combate à corrupção. O impacto ultrapassa fronteiras, repercutindo em países como Peru e Argentina, envolvidos nos esquemas investigados.
Decisões emblemáticas, como as proferidas pelo ministro Dias Toffoli, destacam a anulação de penas e multas, afetando diretamente empresas e figuras centrais do escândalo. Toffoli, cuja trajetória inclui vínculos com o Partido dos Trabalhadores e Lula, é apontado como figura-chave no desmonte da operação. A soltura de Lula, após o STF julgar Moro parcial, simboliza a reversão de anos de trabalho investigativo.
O New York Times alerta para os riscos de retrocesso no combate à corrupção e na confiança pública nas instituições brasileiras. Embora o STF defenda suas ações como zeladoras do devido processo legal, críticas internacionais expõem preocupações com a politização do Judiciário e os danos à imagem do Brasil como referência na luta anticorrupção.