Jornalista infiltrado em grupo de empresários forneceu informações que embasaram operações contra políticos de direita

Eduardo Tagliaferro fez revelações bombásticas sobre bastidores do gabinete de Alexandre de Moraes

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Jornalista infiltrado em grupo de empresários forneceu informações que embasaram operações contra políticos de direita
Reprodução

Por: Ferreira/MidiaJur

O documentarista e jornalista de Brasília, Lucas Mesquita, é o infiltrado em grupos de empresários de direita citado por Eduardo Tagliaferro, perito e ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que prestou depoimento na Comissão de Segurança Pública do Senado nesta terça-feira (2).

De acordo com o portal A Investigação, Mesquita fazia uma "trinagulação" com a jornalista Letícia Sallorenzo. À Letícia, cabia a função de passar as informações ao jornalista Guilherme Amado, então colunista do portal Metrópoles.

Ainda no depoimento, o perito revelou aos senadores que a reportagem de Guilherme Amado embasou a realização de operações policiais contra políticos e empresários de direita nas eleições de 2022. Somente após a coleta de informações nas operações, eram formalizadas as justificativas para o cumprimento de mandados de busca e apreensão.

"Eu enviei esses documentos pessoalmente para o Paulo Gonet (Procurador Geral da República) os pedidos que o Moraes combinou com ele e foi através do Lucas enviei para o WhatsApp do Paulo Gonet", disse Tagliaferro, mostrando seu celular aos senadores.

Lucas Mesquita tem histórico de trabalho junto ao Partido dos Trabalhadores (PT), tendo sido assesor da chapa Dilma-Temer na eleiçao de 2010. Passou alguns anos nesses grupos ligados à direita sem se manifestar, apenas captando informações para embasar reporatagens que subsidiaram operações policiais. Em suas redes sociais, possui fotos com o próprio Alexandre Moraes, com o ministro Flávio Dino e ainda com uma comitiva onde está o presidente Lula.

Tagliaferro, que trabalhava diretamente com o ministro Alexandre de Moraes, afirmou que diversos políticos de direita foram vigiados propositalmente sem qualquer indício de crime eleitoral.

As declarações de Tagliaferro geraram revolta dos senadores presentes na audiência, pois ocorreram no mesmo dia em que o STF iniciou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe. "Ele acabou falando alguns nomes que eram especiais e deveriam ser vigiados. É uma grande informação para todos que tiveram suas casas invadidas com busca e apreensão, de que toda essa coisa foi armada, foi pedida, foi montada para que esses alvos fossem alcançados", disse o senador Magno Malta (PL-ES).

Diante das informações, Malta protocolou um projeto de lei estabelecendo o dia 2 de setembro de 2025 como o "Dia da Vergonha". "Nesse momento, a gente tem toda a verdade revelada, enquanto Bolsonaro está sendo linchado no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma mentira, por uma armação, por um desejo de sangue, de poder por poder, por um marginal, por esse bandido, chamado Alexandre de Moraes", disse Malta.

Esse assunto será abordado no programa Bradock Show de 03/09/2025.