O ex-ministro José Dirceu reconheceu que o estado de saúde do presidente Bolsonaro é delicado e que ele não tem condições de cumprir pena em uma prisão comum. Segundo o petista, seria “improvável colocar presos vulneráveis em um sistema penitenciário controlado pelo crime organizado”.
Dirceu afirmou que, assim como o ex-presidente Collor que sofre de apneia do sono e Parkinson, Bolsonaro deveria cumprir eventual pena em regime domiciliar. A declaração de Dirceu evidencia um raro consenso sobre a gravidade do quadro clínico de Bolsonaro, que enfrenta complicações recorrentes desde a facada sofrida em 2018.
Mesmo críticos reconhecem que o sistema prisional brasileiro não oferece estrutura mínima para casos assim. Dirceu ainda criticou o projeto da dosimetria, que propõe rever as penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro, e acusou a direita de “hipocrisia”.
Ainda assim, sua admissão sobre Bolsonaro soou como um reconhecimento inegável da impossibilidade de mantê-lo em prisão comum.
