Três magistrados deixaram o gabinete de Alexandre de Moraes no STF entre janeiro e março deste ano, retornando ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Entre os que saíram está o desembargador Airton Vieira, figura central no caso de vazamento de informações que gerou investigações. Apesar das mudanças significativas, Moraes não esclareceu os motivos das dispensas.
Vieira, que atuava como juiz instrutor desde 2018, teve seu nome envolvido em áudios revelados pela imprensa, indicando trocas de informações com um ex-assessor do TSE fora dos trâmites legais. A Polícia Federal concluiu que houve vazamento intencional e indiciou o ex-assessor Eduardo Tagliaferro por violação de sigilo funcional. Além de Vieira, os juízes Rogério Marrone e André Solomon Tudisco também deixaram o gabinete, levantando dúvidas sobre a condução da equipe.
Agora, Moraes enfrenta a necessidade de recompor sua equipe, que continuará com quatro integrantes, um número superior ao permitido aos demais ministros do STF. As mudanças e a falta de explicações sobre as substituições reforçam questionamentos sobre sua gestão e os critérios adotados para nomeações dentro do tribunal.
