Justiça argentina derruba reforma trabalhista

Decisão da Câmara Nacional do Trabalho é vitória para trabalhadores e para a democracia

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Justiça argentina derruba reforma trabalhista
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A Câmara Nacional do Trabalho da Argentina suspendeu nesta terça-feira (30/01/2024) a reforma trabalhista proposta pelo presidente Javier Milei. A decisão, que atende a um pedido da Confederação Geral do Trabalho (CGT), é mais um golpe na esquerda argentina, que vem perdendo espaço no país nos últimos anos.

A reforma trabalhista de Milei era uma das principais bandeiras do presidente ultraliberal. O decreto, que foi assinado no dia 20 de dezembro de 2023, previa uma série de mudanças nas leis trabalhistas argentinas, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a flexibilização das regras de demissão e a diminuição dos direitos trabalhistas dos sindicatos.

A decisão da Justiça argentina foi recebida com alegria pelos trabalhadores argentinos e por defensores da democracia. Para eles, a reforma trabalhista de Milei representava um retrocesso nos direitos trabalhistas e uma ameaça à democracia.

"A decisão da Justiça é uma vitória para os trabalhadores argentinos e para a democracia", disse o líder sindical Hugo Moyano, presidente da CGT. "A reforma trabalhista de Milei era um ataque aos direitos dos trabalhadores e à soberania do país."

A decisão da Justiça também é um revés para Milei, que vem perdendo apoio nos últimos meses. O presidente ultraliberal enfrenta uma série de críticas, incluindo acusações de corrupção e de ligações com grupos extremistas.

A suspensão da reforma trabalhista é mais um sinal de que a esquerda argentina está ganhando força no país. Em outubro de 2023, o Partido Justicialista (PJ), de esquerda, venceu as eleições legislativas e recuperou o controle do Senado.

Com a decisão da Justiça, a reforma trabalhista de Milei deverá passar por procedimentos comuns no Congresso argentino. É provável que a reforma seja aprovada, mas com alterações significativas.