O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) condenou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) ao pagamento de R$ 53.205. A penalidade foi imposta devido à divulgação de uma pesquisa eleitoral considerada enganosa, que teria induzido o eleitorado a erro, conforme a decisão judicial de quarta-feira (10).
O magistrado Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, descreveu a pesquisa como "frankenstein", apontando a mistura de cenários para criar um resultado não questionado diretamente aos entrevistados pela Real Time Big Data. A crítica central da justiça foi a falta de divulgação do nível de confiança da pesquisa e a manipulação de dados para excluir certos candidatos das estimativas apresentadas.
A pré-campanha de Boulos argumentou que a intenção era apenas comparar as intenções de voto entre Boulos e candidatos bolsonaristas, negando a divulgação de dados falsos. No entanto, a defesa falhou em justificar a exclusão de candidatos como Padre Kelmon, que detinha 1% das intenções de voto, além de outros com maiores percentuais.
A ação judicial foi motivada pelo MDB e pelo PSB, partidos políticos que destacaram a criação de um cenário artificial para manipular a opinião pública. A decisão do TRE-SP reitera o compromisso com a integridade das informações eleitorais, penalizando a disseminação de informações que possam confundir os eleitores.
Este episódio sublinha a importância da transparência e da precisão na divulgação de pesquisas eleitorais, essenciais para a manutenção da justiça e da democracia no processo eleitoral.