A aprovação do plano de recuperação judicial da P A Rezende Transportes, em maio deste ano, destaca as consequências do bloqueio de contas imposto pelo ministro Alexandre de Moraes. Em 2022, a empresa de Água Boa (MT) enfrentou um embargo financeiro que a acusava de financiar atos antidemocráticos, prejudicando severamente sua saúde financeira. Segundo Antônio Frange Júnior, advogado da empresa, “o bloqueio forçou os dirigentes da Rezende a contrair empréstimos com terceiros, a juros maiores, para honrar compromissos com seus colaboradores e fornecedores”.
O bloqueio de contas, autorizado por Moraes, afetou 33 empresas e 10 pessoas, em um contexto de alegações de envolvimento com atos antidemocráticos. Essa decisão levou a P A Rezende a um estado crítico, com dívidas que somam R$ 26 milhões. A recuperação judicial permitirá à empresa reestruturar suas finanças e continuar operando em Mato Grosso e outros estados, destacando a necessidade de maior prudência e transparência nas decisões judiciais que impactam o setor privado.
Este episódio ilustra os danos econômicos provocados por decisões judiciais controversas e ressalta a importância de um sistema jurídico que priorize a justiça equilibrada e não prejudique a vitalidade das empresas e a economia regional.