A Justiça Federal do Distrito Federal suspendeu o processo administrativo disciplinar contra o delegado Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. A juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura destacou que o depoimento do delegado-geral da Polícia Federal foi privilegiado em detrimento de outros favoráveis a Torres, levantando dúvidas sobre a imparcialidade da comissão. A magistrada ainda citou o relatório do interventor Ricardo Cappelli, que inocentava o delegado e foi ignorado pela investigação.
A defesa de Torres já havia solicitado a suspensão do processo, alegando a parcialidade do delegado que conduzia a investigação. As acusações contra o delegado incluem alegações de que ele teria "manchado a imagem da instituição" após ser preso, mas a decisão judicial reforça a necessidade de uma avaliação justa e imparcial do caso.
Com 20 anos de serviço na Polícia Federal, Torres enfrenta processos que podem levar à sua demissão. A suspensão do processo, contudo, acendeu um debate sobre a condução das investigações e a influência de posicionamentos internos no julgamento de casos relevantes.