A Justiça Federal de São Paulo determinou a suspensão de Pietro Mendes da presidência do Conselho de Administração da Petrobras, em decisão liminar que aponta sérias violações à Lei das Estatais. A ação, movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP), questiona a legalidade da nomeação de Mendes, gerando preocupações sobre a governança na estatal.
Segundo o juiz, a nomeação de Mendes, que também é secretário nacional de Petróleo e Gás, constitui um conflito de interesses evidente, comprometendo a integridade administrativa da Petrobras. Essa decisão ressalta o potencial prejuízo ao correto funcionamento da companhia, que já enfrenta desafios de gestão sob o comando de Jean Paul Prates.
Internamente, a disputa pelo controle dos dividendos extraordinários exacerbou as tensões. Prates defende uma distribuição generosa de lucros aos acionistas, enquanto outros membros do conselho, incluindo o ministro Alexandre Silveira, pressionam por mais investimentos em energia limpa.
Essas divergências administrativas têm refletido negativamente no mercado, com a Petrobras experimentando uma significativa desvalorização. Diante deste cenário, rumores indicam possíveis mudanças na liderança, com Aloizio Mercadante sendo cotado para assumir a direção da empresa.
A decisão judicial reacende o debate sobre a necessidade de uma gestão transparente e alinhada aos melhores interesses da Petrobras e do país, longe de influências políticas que possam comprometer seu desempenho e reputação.