Gilberto Kassab confirmou que deixará a Secretaria de Governo “nos próximos dias” para comandar o PSD na disputa de 2026. Ele nega candidatura, mas aliados afirmam que busca posição estratégica: pode ser vice de Tarcísio ou até ocupar a cabeça de chapa caso o governador entre na corrida presidencial. A debandada em São Paulo acelera. Derrite já migrou para disputar o Senado e outros secretários devem seguir o mesmo caminho.
Tarcísio terá de remontar sua equipe às vésperas do ano eleitoral, tarefa que exige precisão política em meio ao esvaziamento natural de um governo forte nas pesquisas. Já o PSD mantém sua velha vocação de sobrevivência: apoia o Planalto de Lula em Brasília e sustenta Tarcísio em São Paulo, sem pudor.
Kassab, como sempre, se move para garantir relevância independentemente do cenário. É o tipo de cálculo que revela por que o PSD permanece um dos partidos mais hábeis na arte do pragmatismo brasileiro.