O PCS Lab Saleme, há mais de 50 anos atuando no mercado, enfrenta sua maior crise após o escândalo de transplantes contaminados com HIV. Responsável pelos exames dos doadores, o laboratório foi interditado após seis pacientes serem infectados. A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro classificou o caso como “intolerável” e iniciou uma investigação formal. Erros acumulados em diagnósticos, envolvendo gravidez, HPV, fator RH e colesterol, também estão sendo investigados pela Justiça.
Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em 2010, quando uma paciente recebeu um diagnóstico falso positivo para HIV, resultando em um acordo de R$ 20 mil. O laboratório já havia sido condenado a pagar R$ 3 mil por um diagnóstico incorreto de câncer causado por HPV em 2017. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro agora analisa mais processos sobre diagnósticos errôneos de gravidez e fator RH, com complicações para diversas pacientes.
A investigação atual incluiu a formação de uma comissão multidisciplinar para prestar suporte às vítimas. O Ministério da Saúde também anunciou auditorias e novos testes em doadores, intensificando as medidas corretivas.