O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi convocado pela Comissão de Segurança Pública para explicar a operação da Polícia Federal envolvendo a filha de 16 anos do jornalista Oswaldo Eustáquio. A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, resultou na apreensão de dispositivos eletrônicos da adolescente, o que gerou forte reação na Câmara. O deputado Gilvan da Federal destacou o tratamento excessivo e desnecessário dado à jovem, que foi submetida a uma revista íntima. "Parecia uma prisão de subversivos", criticou o parlamentar.
A operação também impôs medidas cautelares à jovem e sua mãe, incluindo o bloqueio de redes sociais. Gilvan classificou a ação como "abuso de poder", e os advogados da família registraram queixa na Corregedoria da PF. Segundo a Polícia Federal, a revista foi legal e realizada conforme a ordem judicial, em um ambiente reservado e na presença de um advogado e do Conselho Tutelar.
Além disso, Lewandowski foi chamado para prestar esclarecimentos sobre um questionário aplicado a agentes da Polícia Rodoviária Federal, que levantou suspeitas de interferência política. Deputados criticaram a prática, apontando que não tem relação com o exercício das funções dos policiais e pode influenciar promoções na corporação.