Um recente estudo divulgado pela organização de direitos humanos do Conselho Europeu aponta uma preocupante redução na liberdade de imprensa na Europa. O relatório destaca que, desde 2020, aproximadamente 400 jornalistas bielorrussos encontram-se exilados devido a pressões políticas, especialmente após os protestos que exigiram a renúncia do presidente Aleksandr Lukashenko.
A pesquisa também sublinha situações alarmantes na Finlândia e na França, onde foram registrados abusos contra repórteres. Notavelmente, na Finlândia, a jornalista Tuomo Pietilainen foi condenada por divulgar, em 2017, informações classificadas como sigilosas. Ela defendeu-se, alegando que as informações eram públicas, mas foi multada pela justiça, que justificou a punição pela necessidade de proteger a "segurança externa da Finlândia".
Na França, a jornalista Ariane Lavrilleux teve sua casa revistada por agentes de inteligência em 2023, após reportar sobre a ajuda militar francesa em execuções de civis pelo governo do Egito. Ficou detida e foi interrogada, gerando protestos da Federação Europeia de Jornalistas, que condenou a ação como "um sinal de uma política hostil à imprensa".
Além disso, a pesquisa ressalta as dificuldades enfrentadas pela mídia na Ucrânia e na Rússia. Na Ucrânia, medidas recentes autorizaram a agência reguladora a bloquear conteúdos na internet sob a premissa de combater "desinformação russa", enquanto na Rússia, jornalistas enfrentam repressões severas.
Este estudo não só ilustra os desafios enfrentados pelos jornalistas em nações consideradas democráticas, mas também evidencia a importância da imprensa livre para a manutenção da democracia. A campanha "Journalists Matter" foi lançada como um esforço para fortalecer a proteção aos jornalistas e garantir que possam exercer sua profissão sem temor de represálias.