Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, mantém uma posição dominante na corrida presidencial do Partido Republicano, superando seus concorrentes nas primárias em Iowa. Esta segunda-feira, apesar do rigoroso frio, marcará o início da campanha de 2024, com os eleitores republicanos de Iowa sendo os primeiros a expressar suas preferências.
A liderança de Trump transformou a disputa em Iowa em uma competição acirrada pelo segundo lugar. Ron DeSantis, governador da Flórida, e Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU, estão em uma batalha intensa para estabelecer-se como a principal alternativa a Trump. A vitória de Trump em Iowa não só consolidaria sua posição como candidato favorito, mas também colocaria seus adversários, especialmente DeSantis, em uma situação desafiadora.
De acordo com uma recente pesquisa de um renomado instituto de Iowa, Trump lidera com 48%, enquanto Haley e DeSantis obtiveram 20% e 16% dos votos dos eleitores republicanos do estado, respectivamente. Para DeSantis, um possível terceiro lugar em Iowa poderia ser um golpe significativo, especialmente considerando as próximas primárias em New Hampshire, onde as pesquisas indicam que Haley está reduzindo a vantagem de Trump, deixando DeSantis para trás.
Ambos, DeSantis e Haley, expressaram otimismo sobre superar as expectativas, mas evitaram fazer previsões de vitória. "Tenho um histórico de me sair bem como o azarão... vamos nos sair bem", disse DeSantis à Fox News, enquanto Haley comentou: "Os únicos números que importam são aqueles em que estamos subindo e todos os outros caíram".
O frio extremo que atinge o Meio-Oeste dos EUA pode impactar a participação no caucus de Iowa, onde os eleitores se reúnem em locais como igrejas e escolas para votar. Trump, no entanto, mantém um forte controle sobre seus apoiadores mais dedicados, que parecem dispostos a enfrentar as condições adversas. "O pessoal de Trump não vai ter medo do clima", afirm
ou Brad Boustead, membro do Partido Republicano em Urbandale, Iowa.
Historicamente, Iowa tem um papel crucial nas eleições presidenciais devido à sua posição antecipada no calendário eleitoral. Os candidatos dedicam meses ao estado, estabelecendo conexões com os eleitores. No entanto, em anos anteriores, como 2008, 2012 e 2016, o vencedor do caucus republicano em Iowa não conseguiu garantir a nomeação final, refletindo a forte inclinação socialmente conservadora do estado, moldada em grande parte pela sua significativa população evangélica.
Trump, apesar de enfrentar diversos desafios legais, incluindo acusações relacionadas à eleição de 2020, continua a liderar nas pesquisas nacionais. Ele mantém a alegação, ainda que infundada, de que a vitória de Joe Biden foi resultado de fraude eleitoral. Sua persistência e influência no partido evidenciam sua habilidade em galvanizar a base conservadora, mesmo diante de circunstâncias adversas.
A primária de Iowa, portanto, não é apenas um teste de popularidade, mas também um reflexo do estado atual do conservadorismo americano e da fidelidade do eleitorado republicano a suas figuras de destaque. A determinação dos candidatos, a resiliência dos eleitores e a dinâmica política em jogo nesta primária são um prelúdio do que está por vir nas eleições presidenciais de 2024.