A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados se intensifica com a entrada de Hugo Motta, candidato apoiado por Arthur Lira (PP-AL). O apoio de Lira ao paraibano, que conta com respaldo do PP e Republicanos, gerou um abalo na estrutura do Centrão, expondo divergências entre lideranças e partidos. Elmar Nascimento (União Brasil) se sentiu traído por Lira, rompendo a aliança e buscando apoio junto ao Palácio do Planalto, que, mesmo de forma velada, tenta influenciar o resultado.
A candidatura de Motta, porém, está longe de ser unanimidade. O ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, e figuras chave do MDB trabalham contra sua ascensão, buscando consolidar uma coalizão alternativa com o PSD e o União Brasil. Esses movimentos não só colocam em risco a unidade do Centrão, mas também acendem a rivalidade entre aqueles que ainda almejam o controle da Câmara.
Com o Centrão rachado, a corrida se torna imprevisível. O bloco, que sempre foi uma força dominante nas negociações políticas, agora enfrenta sua maior crise de fragmentação, pondo em risco a hegemonia conservadora na Câmara.