Ao encerrar a última reunião ministerial de 2025, na Granja do Torto, Lula orientou seus auxiliares a ligarem para senadores em busca de apoio à indicação de Jorge Messias ao Supremo. “Quem tiver um senador amigo, não deixe de ligar para desejar Feliz Natal e pedir voto para o Messias”, afirmou, em tom informal, mas com objetivo claro: garantir votos no Senado.
O presidente disse que a escolha se deu “por mérito e não por amizade”, mas ressaltou a “gratidão do país” pelo papel de Messias na defesa de Dilma Rousseff durante o impeachment, além da lealdade mantida desde então. A fala reforça o caráter político da indicação e a tentativa de consolidar apoio por meio de articulação direta do Executivo.
Indicado em 20 de novembro para a vaga aberta com a saída de Roberto Barroso, Messias atual Advogado-Geral da União teria a sabatina em 10 de dezembro. A sessão, porém, foi cancelada por Davi Alcolumbre após pressão do Planalto. A votação ficou para o início de 2026, prolongando uma articulação que expõe a interferência do governo no processo.
