Após a cúpula do Brics no Rio, nesta segunda (7), o presidente Lula afirmou que “os saudosistas do nazismo e do fascismo não estão no Brics” e que o grupo representa uma nova forma de multilateralismo. A declaração, em alusão indireta ao G7, ignora que países como China, Rússia e Irã, membros ou próximos ao bloco, são governados por regimes autocráticos e frequentemente acusados de censura e violações de direitos civis.
Enquanto critica democracias ocidentais consolidadas, Lula promove o Brics como símbolo de soberania e paz, mesmo diante de aliados que prendem opositores e restringem liberdades individuais. Ao rebater Donald Trump, que defendeu Bolsonaro e alertou para perseguições políticas no Brasil, Lula afirmou que o país é soberano e que ninguém está acima da lei, embora o discurso contraste com os aliados que defende.
A retórica oficial busca protagonismo internacional, mas revela incoerência entre os valores que Lula declara e os parceiros que escolhe.
