O presidente Lula desconsiderou as manifestações de produtores nacionais e autorizou a importação de 1 milhão de toneladas de arroz, mesmo após a Federarroz, que representa mais de 6 mil produtores, assegurar que não há risco de desabastecimento. A medida provisória assinada por Lula destina R$ 7,2 bilhões para a compra do cereal, com preço tabelado a R$ 4 por quilo, sob coordenação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dirigida por Edegar Pretto (PT).
A Federarroz declarou que "inexiste risco de abastecimento de arroz ao mercado consumidor" e explicou que 84% da área cultivada foi colhida antes das chuvas, projetando uma safra de aproximadamente 7,15 milhões de toneladas. Mesmo assim, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, defendeu a medida como crucial para a segurança alimentar.
Essa decisão gera preocupações entre os conservadores, que veem a medida como um desperdício de recursos públicos e uma afronta ao setor produtivo nacional. A compra será destinada à venda direta em mercados, supermercados e hipermercados, mas deixa evidente o desalinhamento entre o governo e os produtores brasileiros.