Durante recentes visitas pelo país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou três viagens a estados onde foi derrotado por Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022: Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina. Assessores justificaram que as visitas foram descartadas por receio de "possíveis hostilidades". Mato Grosso, um bastião do agronegócio, veria o lançamento do Plano Safra, mas o evento foi transferido para o Palácio do Planalto. Goiás e Santa Catarina também tiveram agendas alteradas, com Lula evitando confrontos em regiões conservadoras.
A decisão de Lula reflete a tensão entre o governo petista e setores conservadores, especialmente no agronegócio. O cancelamento das visitas sugere uma incapacidade de enfrentar a oposição diretamente, preferindo evitar áreas onde a resistência é mais intensa. Essa postura pode ser vista como uma fraqueza, sinalizando aos críticos uma falta de coragem para dialogar em territórios adversos. Enquanto isso, a oposição conservadora se fortalece, destacando a distância entre o governo e uma parte significativa do eleitorado brasileiro.