Em mais uma tentativa de desviar das responsabilidades de sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a culpa pelos altos preços dos combustíveis não é da Petrobras, mas dos intermediários e da carga tributária. Durante um evento em Angra dos Reis, Lula declarou que o litro da gasolina sai da Petrobras a R$ 3, mas chega ao consumidor final por R$ 6,50, acusando ICMS e distribuidores como principais vilões. "O povo precisa saber quem xingar", disse, sugerindo que a população deve direcionar sua frustração a quem ele considera os culpados. Contudo, sua fala ignora o papel crucial da administração pública no controle desses preços.
Lula, em suas críticas à "classe política" e aos empresários, voltou a atacar a Petrobras, afirmando que a estatal precisa ser preservada de uma eventual privatização. A ironia, no entanto, ficou por conta de sua brincadeira sobre não consumir os produtos da própria empresa que diz defender. Essa tentativa de desviar a atenção para os intermediários e de pintar um cenário de "pobreza" no setor energético não disfarça o enfraquecimento que sua gestão impôs à economia nacional, onde a falta de soluções concretas gera insegurança e mais dependência de fatores externos.
Por fim, o presidente voltou a desmerecer a Operação Lava Jato, ao associar sua condenação à destruição da Petrobras e à tentativa de enfraquecer a engenharia nacional. No entanto, a realidade é bem mais simples: a corrupção e a má gestão governamental acabaram prejudicando a própria Petrobras, e não ações externas. Lula prefere atacar o sistema em vez de reconhecer as falhas internas que têm alimentado essa crise.
