Durante os anos de governo Bolsonaro, Lula fez questão de acusar seu antecessor de querer destruir a Amazônia e prejudicar o meio ambiente. Encheu a boca para denunciar o que chamou de "invasão da floresta" e de ameaças ao bioma. No entanto, agora, no poder, Lula pressiona para liberar a exploração de petróleo na Margem Equatorial, próxima à foz do Rio Amazonas. Como justificar essa postura contraditória?
A posição de Lula gera questionamentos: como o presidente pode defender agora um projeto que coloca em risco o ecossistema local? O Ibama e o Ministério do Meio Ambiente, sob Marina Silva, resistem, temendo danos irreversíveis. Porém, o governo insiste em que a Petrobras, uma das maiores empresas de exploração em águas profundas, será capaz de conduzir a pesquisa de forma segura.
Lula agora parece adotar uma postura pragmática, buscando desenvolvimento econômico a qualquer custo. No entanto, sua mudança de discurso expõe uma clara incoerência em relação àquilo que tanto criticou no governo anterior.