Em São Bernardo do Campo, neste sábado (18), Lula voltou a exibir o tom populista que marca sua retórica internacional. Ao defender uma “América Latina independente”, atacou os Estados Unidos enquanto seu ministro Fernando Haddad negocia nos bastidores com o presidente Donald Trump a revisão de tarifas comerciais. A incoerência expôs o duplo discurso do governo.
Sem citar nomes, Lula afirmou esperar que “nunca mais um presidente de outro país fale grosso com o Brasil”, recado indireto a Trump, que enfrentou o ditador Nicolás Maduro chamando-o de narcotraficante. O petista, historicamente alinhado ao regime venezuelano, manteve sua retórica antiamericana em pleno evento educacional.
Ao lado de Haddad e Camilo Santana, Lula transformou um aulão do Enem em comício ideológico, anunciando R$ 108 milhões para cursinhos populares em pleno ano pré-eleitoral. O gesto, além de eleitoreiro, escancara a confusão entre Estado e partido marca registrada de seu modo de governar.