O presidente Lula (PT) surpreendeu ao defender publicamente o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva e desvio de recursos públicos. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Lula afirmou que "o fato de o cara estar indiciado não significa que cometeu um erro", ressaltando que conversará com o ministro antes de tomar qualquer decisão. Essa postura suscita questionamentos sobre a ética do governo e a real intenção de combater a corrupção, tão proclamada pelo PT.
Juscelino Filho criticou a atuação da PF, alegando que a investigação, que envolve desvio de emendas parlamentares para obras em Vitorino Freire (MA), não encontrou provas substanciais. No entanto, a Controladoria-Geral da União indicou que as obras beneficiaram propriedades da família do ministro, incluindo sua irmã, afastada do cargo de prefeita devido à investigação. Este episódio evidencia a recorrente proteção do governo a aliados acusados de corrupção, refletindo uma preocupante leniência que enfraquece a confiança na justiça e nas instituições democráticas.