O presidente Lula embarcou para o Japão cercado por ministros, parlamentares e sindicalistas, numa excursão financiada pelo contribuinte. A viagem, que deveria fortalecer laços diplomáticos, se mostrou mais uma tentativa de recompor sua base e atenuar resistências no Congresso, diante de um cenário de popularidade em declínio.
A comitiva incluiu nomes como os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, além de ex-líderes legislativos e representantes de centrais sindicais. O custo da viagem foi arcado pelo governo, seguindo o velho roteiro de agradar aliados com mordomias e vantagens, sem trazer resultados concretos para o país.
A estratégia não é novidade. Durante seus mandatos anteriores, Lula usou esse tipo de privilégio para reforçar apoios. Agora, com um Congresso menos alinhado, aposta na repetição da tática, apesar da crescente insatisfação popular com os gastos excessivos e a ineficácia dessas movimentações.