A declaração de junho feita pelo presidente Lula, garantindo que "o salário mínimo não será mexido", foi desmentida com o anúncio do novo cálculo de reajuste pelo ministro Fernando Haddad. A fórmula, que antes considerava o crescimento do PIB, será substituída por um limite de 2,5% acima do INPC acumulado até novembro, eliminando a redistribuição dos ganhos econômicos. Essa medida reflete o pacote fiscal que visa reduzir gastos, mas sacrifica os mais vulneráveis.
A mudança marca uma contradição direta com o discurso presidencial, onde Lula afirmou que não penalizaria os trabalhadores. O novo modelo, ao desvincular o reajuste do crescimento econômico, compromete o poder de compra e os avanços sociais que a fórmula anterior buscava garantir.
Esse cenário reforça as preocupações sobre a falta de coerência entre promessas e ações governamentais, gerando desconfiança e descontentamento, especialmente entre aqueles que mais dependem de uma política salarial justa.