A exclusividade da Azul Linhas Aéreas em operar jatos da Embraer no Brasil, por um período destacado de 15 anos, coloca em destaque a predileção por aeronaves de produção nacional. No entanto, a aparente hesitação das concorrentes GOL e LATAM em adotar modelos da fabricante brasileira gera insatisfação no cenário político. Os jatos da Embraer, por serem de menor porte em comparação aos populares Airbus A320 e Boeing 737, não se tornaram a primeira escolha para várias companhias, uma realidade que tem preocupado o Presidente da República, especialmente ao observar as tendências do mercado americano.
Esta situação evidencia um debate mais amplo sobre a importância de apoiar e valorizar a indústria aeronáutica nacional. A preferência por aeronaves de fabricação estrangeira, apesar da qualidade e eficiência dos jatos Embraer, reflete uma oportunidade perdida de fortalecer o setor aeroespacial brasileiro e de demonstrar confiança na capacidade industrial do país.
A insatisfação presidencial com essa dinâmica sugere um chamado à revisão das políticas de aquisição das grandes linhas aéreas, incentivando uma maior integração dos produtos nacionais em suas operações. Tal movimento não apenas apoiaria o desenvolvimento tecnológico e econômico brasileiro, mas também promoveria a autonomia e a sustentabilidade da indústria aeronáutica nacional no cenário global.
Este cenário desafia as empresas aéreas brasileiras a reavaliar suas estratégias de frota, considerando não apenas os aspectos econômicos, mas também o potencial impacto positivo de uma escolha mais alinhada com os interesses nacionais. A adesão às aeronaves Embraer poderia representar um passo significativo nessa direção, reforçando o compromisso do setor aéreo com o progresso e a inovação made in Brazil.