A nomeação de Gabriel Galípolo, ex-conselheiro de campanha de Lula, para a presidência do Banco Central (BC) suscita preocupações sobre a independência da instituição e o aumento do controle estatal sobre a economia. A decisão, anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, coloca em xeque a postura do governo, que parece ignorar a importância de manter o BC livre de influências políticas. Galípolo, conhecido por sua proximidade com Lula, assume em um momento delicado, onde a economia demanda estabilidade e confiança no mercado.
A escolha de Galípolo, descrito por Lula como “menino de ouro” e de “uma honestidade ímpar”, levanta questionamentos no setor financeiro, que vê na nomeação um claro movimento para centralizar ainda mais o poder nas mãos do governo. Sua falta de experiência em liderança de grandes instituições financeiras e a forte ligação com o governo petista geram incertezas sobre a real autonomia do Banco Central sob sua gestão.
Apesar da tranquilidade demonstrada por alguns membros do Senado, responsáveis pela sabatina, a escolha de Galípolo já causa apreensão entre conservadores e analistas econômicos. Eles temem que o BC, sob seu comando, se torne uma ferramenta para a implementação de políticas econômicas que favoreçam o viés político da esquerda, comprometendo o futuro financeiro do país e afastando o Brasil dos princípios de uma economia verdadeiramente liberal.