Desde o início de seu mandato, Lula tem adotado uma postura cada vez mais intervencionista, mirando órgãos reguladores e estatais estratégicas. O Banco Central, a Petrobras e a Vale tornaram-se alvos constantes de sua pressão, gerando desconfiança no mercado e atritos internos. Recentemente, atacou o Ibama por não liberar a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, revelando seu interesse em dobrar até mesmo órgãos ambientais à sua vontade.
A Petrobras sente o peso desse autoritarismo. Após interferências diretas na política de dividendos e na presidência da estatal, Lula impôs Magda Chambriard no comando da empresa. Na Vale, tentou emplacar um aliado, mas viu sua influência esbarrar na estrutura acionária. No Banco Central, travou uma guerra contra Roberto Campos Neto, culpando-o pelos juros altos, mas sem admitir sua própria responsabilidade na crise econômica.
As constantes tentativas de controle sobre setores estratégicos acendem um alerta para investidores e gestores públicos. Se por um lado o presidente busca moldar as empresas ao seu projeto de poder, por outro, enfrenta resistência de especialistas que defendem critérios técnicos, não políticos. Resta saber até onde essa interferência irá e qual será o impacto na economia do país.