Lula pode encerrar o terceiro mandato com um dos maiores déficits fiscais desde o Plano Real, segundo avaliação do economista Fabio Giambiagi. De acordo com os dados apresentados, o rombo médio do período tende a ficar em torno de 8,6% do PIB, patamar superior ao registrado em outros ciclos recentes, inclusive durante a pandemia.
Ainda segundo Giambiagi, o governo teria herdado um déficit nominal de cerca de 4,6% do PIB em 2022, índice que pode crescer quase 90% até o fim do mandato. O gasto primário federal, por sua vez, avançou aproximadamente 12% em termos reais entre 2023 e 2024, pressionando ainda mais as contas públicas.
O Brasil já aparece como o segundo país emergente mais endividado, atrás apenas da China, com dívida estimada em 87,6% do PIB. Para o tributarista Luís Garcia, o próximo governo pode herdar uma situação fiscal delicada, marcada por juros elevados, alto endividamento e pouca margem para ajustes, reflexo da ausência de reformas estruturais nos gastos públicos.