O governo federal avalia a compra de uma nova aeronave para substituir o atual avião presidencial, conhecido como Aerolula. A iniciativa ocorre em um cenário de contas públicas pressionadas e às vésperas do calendário eleitoral. Segundo informações internas, a motivação central seria ampliar o conforto em viagens internacionais, com maior autonomia de voo, sala de reuniões, área VIP e um quarto mais espaçoso para o presidente Lula e a primeira-dama Janja.
A proposta deve ser formalizada no início de 2026. A Aeronáutica já teria recorrido a corretores internacionais para mapear modelos que atendam às exigências do Planalto. O entrave é o custo: aeronaves com esse padrão são raras e podem alcançar valores próximos a R$ 2 bilhões.
Auxiliares do presidente reconhecem o potencial desgaste político. A conclusão da compra é projetada para o segundo semestre, período sensível da campanha. O clima se agrava diante da insatisfação nas Forças Armadas, que enfrentam orçamento restrito. O contraste entre a possível aquisição de luxo e a falta de recursos para a Defesa tende a ampliar críticas.
Adquirido no primeiro mandato por valor hoje estimado em R$ 495 milhões, o atual avião presidencial passou a ser chamado pela oposição de “AeroJanja”. Em meio a cortes e contenções, a troca da aeronave reacende o debate sobre prioridades do governo.