Após a aprovação de Paulo Gonet por apenas quatro votos acima do mínimo, o Planalto retomou as articulações para escolher o futuro ministro do STF. A perda de 20 votos em comparação a 2023 acendeu alerta entre aliados, revelando desgaste claro na sustentação das indicações presidenciais. Nesse cenário, Jorge Messias continua como favorito de Lula, embora enfrente resistência crescente no Senado.
Davi Alcolumbre advertiu o presidente de que Messias teria dificuldade real de aprovação. Por isso, articula Rodrigo Pacheco como alternativa com maior trânsito político. Jaques Wagner já transmitiu a Pacheco que Lula pretende chamá-lo para uma conversa formal sobre o tema. O PT, por sua vez, insiste em Messias e destaca sua identidade religiosa como argumento para “equilíbrio” na Corte.
Bruno Dantas, apoiado por ministros e por setores influentes da área jurídica, segue como opção paralela e será recebido por Lula. As consultas ao entorno político, incluindo o próprio Dino, mostram que o Planalto busca medir a viabilidade antes de anunciar o nome. O Senado, porém, demonstra protagonismo renovado e indica que não garantirá aprovações automáticas, impondo filtros mais rigorosos às escolhas para o tribunal.