O presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por uma postura distante nas eleições municipais, deixando muitos aliados sem apoio concreto. Enquanto realiza apenas um ato de campanha em São Paulo, ao lado de Guilherme Boulos (PSOL), candidatos do PT e partidos aliados sofrem com a ausência do líder em cidades como Belo Horizonte, Belém e Salvador. A falta de envolvimento direto, substituída por vídeos genéricos, tem prejudicado candidaturas fragilizadas, num cenário já desfavorável para a esquerda.
Em Belo Horizonte, Reginaldo Lopes (PT) busca alianças com o PSD, mostrando que o partido, sem administrar nenhuma capital, precisa de articulações para sobreviver. A estratégia de Lula reflete o medo da ascensão de figuras ligadas à direita, como Jair Bolsonaro, que continua influente. Nos bastidores, acordos informais com partidos rivais evidenciam a fragilidade da esquerda, que tenta se salvar em um terreno político cada vez mais desafiador.
A hesitação de Lula em apoiar candidaturas frágeis revela o esvaziamento de sua força política e a preocupação com a preservação de sua imagem. Enquanto isso, a direita avança, consolidando sua presença nas capitais e ampliando seu poder para futuras disputas eleitorais.