Durante entrevista à Rádio Metrópole, o presidente reafirmou seu suposto compromisso com as camadas populares, referindo-se a si mesmo como "a encarnação do povo na presidência". Embora a retórica seja conhecida, a prática continua divergindo, revelando uma constante utilização de narrativas emocionais para tentar perpetuar uma imagem de proximidade com o povo, sem apresentar soluções concretas para os problemas do país.
Ao se posicionar como a “causa emergida do mundo de baixo”, o líder relembra discursos anteriores que buscavam apelar para as classes mais desfavorecidas, prometendo uma inclusão social que raramente se traduz em resultados práticos. A retórica de acesso ao Palácio do Planalto para cidadãos comuns soa mais como estratégia política do que como uma mudança real.
Em tempos de polarização, o discurso tenta reforçar a ideia de um governo próximo do povo. No entanto, é preciso questionar até que ponto essas palavras representam uma verdadeira transformação ou apenas o resgate de promessas antigas e frágeis.