Em tempos de crise, há quem se esconda atrás de discursos pomposos, enquanto a realidade dura atinge milhões. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, famoso por suas declarações inflamadas, já se proclamou "culpado" por tragédias em sua cidade, sem, no entanto, tomar as devidas atitudes para corrigir o que estava ao seu alcance. Em um episódio recente, o presidente Lula segue o mesmo caminho, reconhecendo a miséria que aflige milhões de brasileiros, mas falhando em apresentar soluções efetivas.
Ao declarar que a fome é resultado da "irresponsabilidade de quem governa", Lula assina seu próprio atestado de incapacidade, tal como fez Kalil em seus momentos de populismo vazio. Se realmente acredita no que diz, a responsabilidade é clara: deixar o cargo e dar lugar a quem possa lidar com as complexidades que ele insiste em simplificar em suas falas. Discursos grandiosos não alimentam uma nação.
Se a liderança do país reconhece sua falência na missão de combater a fome, como foi dito, é necessário mais do que palavras. O que está em jogo não é apenas a retórica, mas a vida de milhões. A renúncia seria o passo honesto para quem se proclama culpado e incapaz, permitindo que o Brasil tenha uma chance real de prosperar.