O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido por suas manobras políticas, agora dá sinais de que pode não disputar a reeleição em 2026, mas o cenário é nebuloso. Em meio a declarações que mais parecem ensaios estratégicos, Lula busca manter o terreno preparado, caso precise, segundo ele, "impedir trogloditas" de retornar ao poder. A ironia de se autoproclamar o salvador contra supostos "trogloditas" não passa despercebida, especialmente vindo de alguém que, por décadas, fez parte da engrenagem da esquerda que tanto criticou a direita e os conservadores.
Aos 81 anos em 2026, Lula lança a dúvida sobre seu estado físico como barreira para uma nova candidatura. No entanto, o discurso soa mais como um pretexto do que uma realidade. Afinal, o que está em jogo é a sobrevivência de uma agenda política que se sustenta na perpetuação do poder e no desgaste das oposições conservadoras. Sob a ótica do presidente, a decisão de concorrer está condicionada não à idade, mas à necessidade de "derrotar o fascismo" — uma narrativa conveniente que desvia o foco dos reais problemas enfrentados pelo país sob sua administração.
Ao apontar como justificação a ameaça de um retorno ao poder de figuras de direita, Lula reafirma o papel do conservadorismo como força essencial de resistência. Em vez de buscar a renovação, a esquerda perpetua velhos argumentos para manter a hegemonia, enquanto o conservadorismo emerge como o verdadeiro defensor dos valores tradicionais, da liberdade econômica e da soberania nacional. Neste embate, é crucial que a direita esteja preparada para enfrentar não apenas a retórica, mas o projeto político de longo prazo que Lula, e a esquerda como um todo, nunca abandonaram.