Lula afirmou que conversará “pessoalmente” com Donald Trump caso haja dificuldade nas negociações comerciais, tentando vender uma proximidade inexistente. “Ele tem meu telefone e eu tenho o dele”, disse o petista, tentando disfarçar a tensão diplomática após a reunião em Kuala Lumpur, considerada “produtiva” apenas por protocolo.
O real objetivo é implorar pelo fim das sanções da Lei Magnitsky, que atingem Alexandre de Moraes por violações de direitos humanos, e pelo desbloqueio do visto da filha de Padilha, suspenso por dez anos.
Chamando o tarifaço americano de “equivocado”, Lula omite que Trump condicionou a normalização das relações à suspensão da perseguição contra Bolsonaro.
Enquanto Alckmin reclamou da sobretaxa de “10% mais 40%”, o petista admitiu não esperar solução imediata mas tenta vender otimismo forjado para conter o nervosismo dos mercados. Trump, por sua vez, demonstrou desconforto com a condenação de Bolsonaro, ao que Lula reagiu com cinismo: “rei morto, rei posto”.