Lula tenta posar de aliado de Trump para encobrir crise nas negociações

Petista alega “canal direto”, mas implora fim de sanções e tarifas impostas pelos EUA

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Lula tenta posar de aliado de Trump para encobrir crise nas negociações
José Cruz/Agência Brasil

Lula afirmou que conversará “pessoalmente” com Donald Trump caso haja dificuldade nas negociações comerciais, tentando vender uma proximidade inexistente. “Ele tem meu telefone e eu tenho o dele”, disse o petista, tentando disfarçar a tensão diplomática após a reunião em Kuala Lumpur, considerada “produtiva” apenas por protocolo.

O real objetivo é implorar pelo fim das sanções da Lei Magnitsky, que atingem Alexandre de Moraes por violações de direitos humanos, e pelo desbloqueio do visto da filha de Padilha, suspenso por dez anos.

Chamando o tarifaço americano de “equivocado”, Lula omite que Trump condicionou a normalização das relações à suspensão da perseguição contra Bolsonaro.

Enquanto Alckmin reclamou da sobretaxa de “10% mais 40%”, o petista admitiu não esperar solução imediata mas tenta vender otimismo forjado para conter o nervosismo dos mercados. Trump, por sua vez, demonstrou desconforto com a condenação de Bolsonaro, ao que Lula reagiu com cinismo: “rei morto, rei posto”.