O governo Lula realizou a maior liberação de emendas de 2025 durante o julgamento de Jair Bolsonaro no STF, num esforço para frear a articulação pela anistia aos condenados.
Em apenas duas semanas, foram pagos R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 2,3 bilhões em um único dia, valor inédito. A estratégia busca consolidar apoio parlamentar e neutralizar avanços da oposição.
O foco do Planalto está no Centrão, especialmente no presidente da Câmara, Hugo Motta, que resiste à anistia. Para atraí-lo, o governo direcionou 91,3% dos repasses para emendas individuais, fortalecendo bases eleitorais e reduzindo chances de traição em plenário.
Apesar da ofensiva financeira, a possibilidade de aprovação da anistia ainda preocupa o Executivo, sobretudo após reveses no Congresso. O recorde de recursos pagos reflete o temor de que a oposição transforme o tema em vitória política contra um governo já enfraquecido.