Em mais um aceno à esquerda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, declarou nesta sexta-feira (6) que a situação política na Venezuela é um "rolo", evitando chamar o ditador Nicolás Maduro de tirano. A declaração, em entrevista à rádio Difusora, de Goiânia, é mais uma tentativa de relativizar um regime que já causou enorme sofrimento ao povo venezuelano, enquanto líderes de esquerda, como Gabriel Boric, do Chile, classificam abertamente o governo de Maduro como ditatorial.
Lula, com sua habitual ambiguidade, ainda sugeriu uma nova eleição na Venezuela, ignorando o histórico de fraudes e repressões promovidas pelo governo chavista. A oposição, representada por Edmundo González Urrutia, já rejeitou a proposta, destacando a impossibilidade de um pleito justo sob o atual regime. A ideia de um governo de coalizão, proposta por Lula, soa como uma tentativa de apaziguar os conflitos, mas é vista como utópica por ambas as partes.
Ao evitar críticas diretas a Maduro, Lula mantém sua posição de alinhamento aos regimes autoritários da esquerda latino-americana. A postura do presidente brasileiro contrasta com o desejo de liberdade dos povos que vivem sob ditaduras, fortalecendo o discurso de que o PT sempre caminha lado a lado com líderes que desrespeitam os princípios democráticos.