A viagem da primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, a Roma, financiada com dinheiro do contribuinte, teve um custo exorbitante de pelo menos R$ 292,3 mil, conforme revelou o Estadão. O valor cobriu passagens e diárias de um grupo de 12 pessoas que a acompanhou ao evento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Apenas a passagem aérea da esposa do presidente custou R$ 34,1 mil, adquirida de última hora e na classe executiva, benefício geralmente restrito a ministros de Estado e altos cargos comissionados.
A comitiva também teve gastos expressivos, com diárias que chegaram a R$ 17,8 mil para uma servidora do Ministério da Fazenda. Janja, por sua vez, desfrutou da Residência Oficial do Brasil, um luxuoso palácio barroco no centro de Roma. Em meio a discursos sobre combate à fome, a primeira-dama defendeu ações coordenadas entre governos e instituições financeiras, enquanto os gastos com a própria viagem permanecem sem total transparência.
A Secretaria de Comunicação da Presidência alegou que “a legislação vigente” permite a extravagância, mas o governo ainda não divulgou o custo total da empreitada. O episódio levanta questionamentos sobre a real prioridade dos gestores que, enquanto pregam austeridade, demonstram outra prática na vida real.