O ditador Nicolás Maduro ordenou nesta terça (11) a criação de comandos de defesa integrados, reunindo cidadãos, militares e funcionários públicos, com orientação para estarem “preparados” para uma possível luta armada contra destacamento militar americano no Caribe. A medida faz parte da chamada “Lei do Comando para Defesa Integral da Nação”, aprovada pela Assembleia Nacional chavista, que prevê coordenação de operações militares em todos os níveis.
Maduro afirmou que a capacidade das Forças Armadas foi reforçada para “qualquer cenário” e destacou que mais de oito milhões de venezuelanos se alistaram na Milícia, recebendo treinamento em técnicas militares. O comando integrado terá a missão de planejar e dirigir ações de defesa, incluindo recursos terrestres, aéreos, navais e fluviais, diante do que o regime chama de “ameaças imperialistas”.
Analistas observam que a medida ocorre pouco após a chegada do USS Gerald R. Ford e de seu grupo de ataque, com mais de 4.000 marinheiros, à América Latina para operações de combate ao narcotráfico. A mobilização chavista é vista como tentativa de militarizar a sociedade e intimidar esforços legítimos internacionais contra o crime organizado e o Cartel de los Soles.