Nicolás Maduro ordenou ao Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela que retire a nacionalidade de Leopoldo López, opositor exilado em Madri. O ditador chamou López de “grotesco” e “criminoso”, acusando-o de apoiar uma “invasão militar” após o exilado defender publicamente a atuação americana contra o regime.
A vice-presidente Delcy Rodríguez anunciou a “anulação imediata do passaporte”, afrontando a própria Constituição venezuelana, que garante a nacionalidade por nascimento.
A manobra expõe o desespero de um governo isolado e corroído pela repressão. Maduro inverte papéis ao acusar López de “bloqueio econômico” e “assassinato em massa”, enquanto o próprio regime mergulhou o país em miséria e exilou mais de 300 mil pessoas.
O pedido surge após o opositor afirmar à agência EFE que “negociar com a tirania não funciona” e que apenas a pressão militar dos EUA pode conter o chavismo. O TSJ, como de costume, age como tribunal de fachada, apenas para carimbar os abusos de um sistema autoritário em decomposição.