O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou uma medida crucial para os produtores de soja em Mato Grosso: a extensão do período de plantio até 13 de janeiro de 2024. Essa decisão, publicada através da portaria nº 968/2023 no Diário Oficial da União, reflete os desafios enfrentados pelos agricultores devido às adversidades climáticas, como a seca prolongada e ondas de calor, causadas pelo fenômeno El Niño.
O estado de Mato Grosso, inicialmente com um calendário de plantio definido de 16 de setembro a 24 de dezembro de 2023, viu-se forçado a ajustar os planos após atrasos generalizados na semeadura. Além disso, o alto índice de replantio, estimado em 5,54% até o momento, evidencia as dificuldades encontradas no campo. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) foi uma voz ativa neste processo, solicitando a prorrogação ao Mapa, embora a medida atenda apenas parcialmente às demandas do setor, que originalmente estendia o prazo até 03 de fevereiro de 2024.
Este cenário adverso também reflete em números preocupantes para a safra 2023/24. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta uma redução na produtividade, estimando 57,87 sacas por hectare, o que representa uma queda de 3,07% em relação às previsões de novembro e de 7,11% em comparação com a safra anterior. Consequentemente, a produção estimada de soja foi revisada para 42,126 milhões de toneladas, uma baixa de 3,78% em relação à estimativa anterior e de 7,04% em comparação à temporada passada.
A prorrogação do período de plantio de soja em Mato Grosso é um reflexo da necessidade de adaptação e flexibilidade no setor agrícola diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Essa medida, embora parcialmente atenda às necessidades dos produtores, evidencia a importância de estratégias proativas e de suporte contínuo para enfrentar tais adversidades.
Fonte: EstadoMT