Em um cenário marcado por desafios e adversidades, María Corina Machado, a líder opositora venezuelana escolhida pela maioria nas primárias de outubro, se destaca como um farol de esperança para uma nação que anseia por mudança. A despeito das críticas veladas do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, Machado mantém-se firme em sua determinação de lutar pelos direitos dos venezuelanos e de enfrentar a tirania de Nicolás Maduro nas urnas.
Durante uma conferência de imprensa, Lula insinuou que Machado, ao ser desqualificada politicamente, estaria adotando uma postura de vítima, uma comparação que ela prontamente refutou. "Eu chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece. Estou lutando para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas primárias e dos milhões que têm o direito de fazê-lo em uma eleição presidencial livre na qual derrotarei Maduro", afirmou Machado na rede social X.
A determinação de Machado de enfrentar os abusos de Maduro, que viola a Constituição e os acordos estabelecidos, como o de Barbados, destaca-se como um exemplo de coragem e integridade. Enquanto Lula expressa sua "felicidade" com a definição da data das eleições venezuelanas para 28 de julho, suas palavras revelam uma desconexão com a realidade dos que lutam por liberdade e justiça.
O presidente brasileiro, ao tentar deslegitimar a oposição venezuelana ao compará-la com a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro, falha em reconhecer a essência da luta democrática que transcende fronteiras políticas. A Venezuela, segundo as promessas feitas na Celac, aguarda eleições com garantias internacionais, mas a verdadeira prova de um processo eleitoral justo é a inclusão de todos os candidatos legitimados pelo voto popular, como María Corina Machado.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela confirmou a realização das eleições em 28 de julho, respeitando o acordo de outubro. No entanto, a pretensão de Maduro em buscar um terceiro mandato sob um véu de legalidade não engana ninguém. A Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA), composta por ex-chefes de Estado e Governo, reitera que sem a participação de Machado, as eleições carecem de legitimidade, evidenciando a manipulação autoritária do regime.
A luta de María Corina Machado e dos venezuelanos por eleições livres e justas representa um desafio não apenas ao regime de Maduro, mas também à complacência de líderes internacionais que, por conveniência política, fecham os olhos para as injustiças. A posição de Machado, fortalecida pelo apoio popular, simboliza a resistência contra a opressão e a defesa inabalável dos valores democráticos e cristãos que unem os povos da América Latina na busca por um futuro de liberdade, dignidade e prosperidade.