A deputada Marine Le Pen, principal nome da direita na França e favorita para a presidência em 2027, foi condenada por desvio de verbas públicas. O Tribunal de Paris impôs quatro anos de prisão e a declarou inelegível, abalo significativo para o Reagrupamento Nacional. A decisão ocorre em meio ao crescimento da candidata nas pesquisas, consolidando-a como principal adversária do establishment político francês.
A sentença aponta que Le Pen e outros eurodeputados usaram recursos do Parlamento Europeu para pagar funcionários do partido, caracterizando contratos fictícios. A juíza Bénédicte de Perthuis afirmou que "as investigações demonstraram um sistema estabelecido para reduzir custos partidários". O prejuízo foi estimado em 2,9 milhões de euros. Le Pen rebateu as acusações, denunciando uma interpretação política e restritiva das funções parlamentares.
O impacto da condenação é imediato. Líder nas pesquisas com 36% das intenções de voto, à frente de Edouard Philippe (25%), a deputada vê seu partido reorganizar estratégias. Jordan Bardella, atual presidente do Reagrupamento Nacional, desponta como sucessor natural, respaldado por 90% da base. Apesar do revés, o apoio interno a Le Pen se mantém, evidenciando que a perseguição judicial não abalou sua popularidade.