Em um movimento estratégico para alcançar a neutralidade de carbono até 2030, o Governo do Mato Grosso do Sul anuncia uma iniciativa inovadora de apoio à agricultura familiar, visando a retenção de gases de efeito estufa em pequenas propriedades. Por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), foi lançado um chamamento público com um orçamento de R$ 954 mil para selecionar um parceiro para este projeto pioneiro no Brasil.
O programa visa oferecer suporte técnico e financeiro a pequenos agricultores para o desenvolvimento de agroflorestas, incentivando-os a dedicar parte de suas terras ao cultivo de árvores nativas do Cerrado e de espécies frutíferas. A intenção é que essas áreas contribuam para a captura de carbono, enquanto proporcionam uma fonte de renda sustentável aos produtores por meio da geração e venda futura de créditos de carbono.
Humberto de Mello, secretário executivo da Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais de MS, destacou a relevância desta abordagem. Segundo ele, a agricultura familiar apresenta um grande potencial para a retenção de carbono, mas necessita de apoio externo para viabilizar economicamente essa oportunidade.
Este projeto não apenas posiciona Mato Grosso do Sul como um líder em práticas agrícolas sustentáveis no país, mas também ressalta a importância de combinar esforços ambientais com o fortalecimento econômico dos pequenos produtores. Ao integrar a conservação ambiental com o desenvolvimento agrícola, o estado avança em direção a um futuro mais verde e economicamente inclusivo, onde a agricultura familiar desempenha um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas.