Mato Grosso, reconhecido como um colosso no agronegócio brasileiro, manteve sua posição de vanguarda no mercado internacional de algodão em 2023. Com 62,92% das exportações nacionais da commodity, o estado continua a ser um player dominante. Entretanto, análises recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam para uma diminuição de 6,54 pontos percentuais na sua participação no mercado, sinalizando desafios emergentes e a necessidade de adaptação às novas dinâmicas do setor.
Contrastando com o destaque no mercado global, o volume exportado de algodão por Mato Grosso experimentou uma redução de 18,73% em comparação ao ano anterior. Este declínio não apenas reflete mudanças no panorama do algodão mato-grossense, mas também acende um alerta para a necessidade de estratégias inovadoras e diversificação no setor.
Em termos de destinos de exportação, o continente asiático mantém a sua posição como principal consumidor do algodão produzido em Mato Grosso, absorvendo 90,44% das exportações do estado – um aumento de 3,87 pontos percentuais em relação a 2022. Esses números reafirmam o papel crucial do mercado asiático na economia do algodão mato-grossense.
No que tange aos parceiros comerciais, a China se destaca como líder, importando 452,51 mil toneladas de algodão do estado, o que representa 44,45% do total exportado por Mato Grosso. Vietnã e Bangladesh também têm papéis importantes, com 14,01% e 13,99% das importações, respectivamente. A dependência desses mercados asiáticos evidencia a importância de Mato Grosso em diversificar suas parcerias comerciais, visando mitigar os riscos associados às demandas flutuantes e aos desafios econômicos globais.
A recente desaceleração da demanda em alguns países asiáticos é um ponto de atenção para o setor cotonicultor de Mato Grosso. Este fator poderá ter implicações significativas nas exportações do ciclo 2022/23, exigindo uma resposta ágil e estratégica do setor para se adaptar a um cenário em constante evolução. A capacidade de Mato Grosso em se reinventar e explorar novos mercados será determinante para sua sustentabilidade e sucesso contínuos no comércio internacional de algodão.
